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  • Foto do escritorAdriano Lodi

Acabou o período de experiência!

Passados praticamente 90 dias de isolamento social precisamos entender bem a nossa nova relação com o trabalho.

Muitos aqui podem até não conhecer, mas existe uma modalidade de contrato de trabalho de experiência, é uma espécie de contrato de trabalho por prazo determinado de até 90 dias. Para que a empresa nesse período possa verificar se o funcionário tem condições de assumir o cargo, além de dar à pessoa a chance de decidir se quer mesmo trabalhar ali.

Modalidade de acordo trabalhista prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) de caráter temporário e que não poderá exceder 90 dias e está incluído na categoria dos contratos por prazo determinado. Artigo 484-A da CLT

Nossa experiência com o Trabalho Remoto

Quando nos deparamos com a necessidade do isolamento social, muitas empresas se viram obrigadas a migrar para modalidade de trabalho 100% remoto. O que causou um enorme desconforto nesse período. Afinal muitas delas não estavam preparadas, e até mesmo imaginavam ser impossível atuar dessa maneira.

Foram necessárias adequações de infraestrutura, como fornecer notebook e internet para funcionários. Ajustes em processos, retirando dependências físicas. Reinvenção de rituais de encontros e alinhamentos de objetivos. Migração para um modelo de liderança baseado em contexto e confiança. E claro um novo entendimento do local de trabalho, que mudou para o home office, partilhando as pessoas com família e tarefas de casa. Quanta mudança!

É inegável que esse turbilhão de acontecimentos, somada as incertezas que vivemos, nos cause os mais confusos sentimentos. Momentos de baixo astral, angústia e até mesmo tristeza são comuns nesse momento no qual tudo muda tão repentinamente e rápido.

Porém o ser humano tem a incrível habilidade de se adaptar e aprender a conviver em uma nova situação. Após um começo um tanto acelerado pela implantação do trabalho remoto, certamente todos já superaram as dificuldades iniciais e estão gerando resultados.

Por quanto tempo mais vamos seguir nesse modelo?

Muitos estão atingindo 3 meses de trabalho remoto. Muita coisa aconteceu nesse período, novas descobertas, entregas, aprendizados. Quando falamos sobre encerramento da pandemia e do isolamento social esse tema transita mais para uma condição de incerteza do que de certezas. Cenário que dificulta qualquer previsão exata de quando vamos voltar a ter as mesmas condições da antiga normalidade.

Algumas empresas ainda não se pronuciaram quando irão retornar para os escritórios físicos, outras estão declarando que pelo mesmo até o final desse ano vão permanecer com as equipes em home office. E até mesmo quem começa a sinalizar um retorno futuro, indica que fará uma operação híbrida mesclando dias de escritório e dias de trabalho remoto (reduzindo assim o número de pessoas se encontrando).

Não sei se o modelo de Trabalho Remoto veio pra ficar, mas é certo que hoje é nossa maior realidade.

Como fica minha produtividade?

Mudanças sempre alteram nossa produtividade. Na migração para o trabalho remoto o tempo normalmente dedicado a execução de tarefas passou a ser dividido com atividades de adaptação, afazeres domésticos e a demanda de atenção da família e filhos.

Cada pessoa reage de forma diferente a tudo isso. Cada pessoa se adapta de uma forma a toda essa mudança, umas mais rapidamente outras mais lentamente. E acredito que isso foi respeitado por muitas empresas. Líderes que conduziram suas equipes até o momento em uma produtividade compassiva souberam navegar melhor nessa situação, e certamente ganharam maior respeito das pessoas.

Até quando as empresas vão aceitar uma produtividade abaixo do esperado?

Empresas e líderes buscam contratar pessoas para resolver seus problemas e fazer entregas conforme as necessidades de cada atribuição.

Quando te contratam, por mais talentoso que você seja, sabem que é necessário um tempo para você se adaptar ao ambiente, entender o contexto e começar a produzir efetivamente. E isso normalmente é balizado pelo contrato de trabalho de experiência. Você é avaliado em 90 dias sobre todos os aspectos, sobre sua evolução nesse período, e assim é tomada a decisão de continuar o contrato para ambas as partes.

Ou seja, um bom balizador para você começar a ser produtivo, em uma nova empresa, é de 90 dias de trabalho.

E como você avalia sua produtividade após 90 dias de Trabalho Remoto?

Chegou o momento de fazer essa reflexão. Por maiores que foram as dificuldades, por mais que este seja um formato no qual você não gosta de trabalhar, é preciso entender que o trabalho remoto é uma realidade, e nessa nova realidade também é preciso ser produtivo.

Aprendemos por uma vida inteira uma noção de como deve ser a aparência da produtividade. Estar em um escritório, cercado de pessoas, participando de reuniões, viajando e respondendo a muitas mensagens. A arena mudou.

Avalie como está sua produtividade atualmete. Faça uma autoavaliação, e busque alinhamento das expectativas com a empresa. Compreenda quais são os “sabotadores” que estão impedindo sua melhor performance. Busque soluções ou até mesmo alternativas para voltar a ser produtivo.

Crie rotinas e defina horários, se permita ter pausas, divida os afazeres domésticos, combine com os filhos momentos de brincar e de trabalhar. Monte um espaço adequado para produzir, experimente, tente maneiras diferentes até encontrar seu próprio modelo. Efetivamente você não entrou em uma nova empresa, e sim em um novo modelo de trabalho.

A chave para o sucesso é manter a mentalidade de um novo emprego, naquela fase que você se permite ser mais adaptativo, busca conhecimento constante e foca em começar a ser produtivo.

Ser produtivo é uma escolha. Escolha com qual mentalidade você quer encarar o Trabalho Remoto.


 

Comente, curta, compartilhe. Um abraço.

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