Nesse momento que a reclusão se faz necessária, a melhor alternativa de forma de trabalho faz surgir um grande desafio para as lideranças, gerir equipes remotas.
Sempre gosto de falar das responsabilidades de ser um Líder, e o quanto as empresas esperam dessa função/cargo. Porém estamos em um cenário singular. Provavelmente é uma situação nunca vivida pela maioria das empresas e seus líderes.
Acredito que não preciso detalhar aqui o impacto do Covid-19, coronavírus ou pandemia nas empresas. É perceptível que vivemos um momento de crise, instaurado diante de tantas incertezas e baixas perspectivas de solução.
E como as empresas podem permanecer operacionais diante das orientações de isolamento e quarentena?
Home Office — trabalho remoto.
A melhor solução até o momento é colocar as pessoas trabalhando em sua própria residência. Colocar em prática o trabalho remoto, ou como a maioria prefere chamar, o Home Office.
A prática não é novidade. Com o avanço da tecnologia algumas empresas diversificaram seus regimes de trabalho nas funções que permitem tais mudanças, se adaptando inclusive à necessidade de repensar a mobilidade dos funcionários em grandes cidades. Implantada de forma estruturada essa prática equilibra a qualidade de vida, gera aumento de produtividade, e ainda é um diferencial na retenção e atração de funcionários.
O ponto é que muitas empresas, diante da crise, adotaram o home office sem se preparar, sem testar, e sem estabelecer os acordos necessários. Foi necessário fazer e pronto. E essa situação, automaticamente vem gerando desafios maiores para a liderança.
O Líder na crise.
No momento de crise, o Líder passa a ter um papel acentuado. No qual amplifica sua exposição e também suas responsabilidades. O home office por si só é uma dificuldade para a liderança, agora somado as mudanças repentinas e ao ambiente externo repleto de dúvidas, se torna uma grande desafio para as empresas.
Enfrentar esse momento com a devida relevância, adotando as medidas adequadas, será um fator diferencial para sua empresa.
Listo a seguir seis recomendações que, no meu entendimento, podem ajudar todo Líder nesse momento.
Seja um exemplo Positivo — o home office é uma condição nova para muitos. Um novo formato de trabalho, com seus novos desafios. O líder que demonstrar disciplina, atenção aos resultados, disponibilidade, servirá de exemplo positivo para toda equipe.
Elimine os Ruídos — a comunicação tem que ser muito eficiente para evitar distrações desnecessárias. As pessoas já se encontram em um momento de enxurrada de informações, das mais diferentes fontes. Mantenha uma comunicação clara e constante.
Tome Decisões — em uma crise as decisões precisam ser ágeis, por vezes não será possível consultar todos para uma decisão colegiada. Defendo abertamente modelos de liderança mais participativos e democráticos, porém em situação de crise eles podem ser menos eficientes por conta da velocidade necessária das decisões. Tome decisões como líder. Apenas lembre-se que em um contexto de incerteza vale mais apenas errar por excesso de zelo. Muito cuidado com a ousadia nesse cenário.
Tome conta das Pessoas — nesse momento as pessoas podem ficar assustadas. Incapaz de constatar a realidade, a mente se fixa em cenários catastróficos. Como a pessoa que imagina que uma forte dor de cabeça é sinal de tumor cerebral terminal, muitos começam a se estressar. Faça conversas constantes com cada pessoa em particular, pergunte além do trabalho, discuta os sentimentos e a nova rotina. Ajude as pessoas da sua equipe a se manter saudável fisicamente e mentalmente.
Atenção aos Intangíveis — não espere o mesmo comportamento e a mesma produtividade das pessoas. Cada um lida com essa situação de forma diferente. Procure entender o que está acontecendo com cada um, e busque adequar a carga, o tipo e a forma de trabalho ao contexto. Um funcionário iniciando em trabalho home office pode apresentar a mesma complexidade de um recém-contratado.
Mantenha um Time — Nesse momento o ser humano tende a pensar mais de forma individual. É uma defesa natural ao desconhecido, no qual passamos a estabelecer novas prioridades em relação ao coletivo. O líder tem que continuar a promover dinâmicas e interações entre as pessoas da equipe. Não pare, de forma alguma, as reuniões de equipe e promova ao máximo a interação entre os membros. Juntos somos mais fortes, portanto cabe ao líder promover a interação do time, mesmo em um contexto fora do escritório.
Acho que é isso, todos somos responsáveis por nossas escolhas e modo de agir. Porém em situações totalmente novas podemos nos atrapalhar no início. Temos que seguir experimentando e aprimorando os novos modelos de trabalho.
Para você Líder, eu deixou o convite de assumir o seu papel diante da crise. Todas as recomendações que listei estão mais relacionadas à FAZER do que ESPERAR. Então se faça presente. Se for pra errar, que seja tentando acertar.
Força! Vamos juntos.
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