Executar muito e questionar pouco, pode te levar para uma direção oposta da sua liderança.
Um dos maiores erros que percebo com frequência em novos líderes é a falta de questionamentos e até mesmo posicionamento em relação as solicitações dos demais líderes da empresa.
E na minha visão isso geralmente acontece por dois motivos:
1º Na intenção de atender as expectativas do novo cargo, novos líderes acabam seguindo as orientações sem pensar muito, apenas agem em busca de trazer o resultado o quanto antes. Desejam provar que a aposta que a empresa fez, ao promovê-los para posição de liderança, está correta.
2º Líderes não querem passar a percepção que não sabem, ou que não entenderam as solicitações. O ego nessa hora “fala mais alto”, e se cria o entendimento equivocado que não podem ser mostrar vulneráveis perante a empresa e a equipe.
Essa falta de questionamento ou posicionamento é um comportamento preocupante, pois a empresa espera exatamente o inverso. O desejo é que esse líder, por estar mais próximo da realidade da operação, consiga compor um cenário mais adequado e estruturado para atingir os objetivos. Que contribua com argumentos, que se posicione sobre as implicações positivas e negativas de cada solicitação, e questione de forma construtiva em busca do resultado.
Toda vez que esse líder parte logo para execução, sem qualquer questionamento, a percepção da empresa é que está tudo entendido, alinhado e sobre controle para aquele líder. Esse entendimento equivocado tem um potencial risco de gerar muito retrabalho e acarretar em maiores problemas.
E como sair dessa armadilha?
Um novo líder deve fazer uso de uma ferramenta que sempre gosto de indicar dentro do meu processo de Coaching com Foco em Liderança (CFL), que chamo de:
Alinhamento de expectativas + frequência + focado em objetivos.
Parece complicado na primeira vez que lemos, mas fica simples de entender quando dividimos essa frase.
1º Alinhamento de expectativas — é necessário compreender o que a empresa espera da liderança, e será preciso declarar também o que esperamos da empresa. Aumentar a clareza é fundamental.Compreender as intenções ajuda demais na execução das ações, e reduz as incertezas.
Falhamos muito nesse ponto pois escolhemos quase sempre nos pautar por suposições.
2º Frequência — a cada dia somos submetidos a novos estímulos das mais diversas interações. As posições mudam, os cenários e opiniões também. Por esse motivo é importante ter uma cadência desse alinhamento, para retornar sempre as expectativas em um ponto convergente.
3º Focado em objetivos — não podemos cair na tentação de usar esse alinhamento apenas para buscar “garantias”. Ficar perguntando se está tudo bem, e se estamos fazendo um bom trabalho. Isso nem será saudável para as relações de trabalho e nem para sua autoconfiança. Utilize esse alinhamentos com sabedoria, se prepare antecipadamente, pergunte, escute muito e certifique do seu entendimento e expectativas. Discuta com sabedoria a melhor forma de atingir o resultado, sem defender posições e livre de paradigmas.
Parece lógica e simples essa recomendação. Mas na prática essa ação não acontece com tanta frequência e qualidade.
Uma pesquisa da Gallup sobre liderança corporativa revelou um triste indicador, que 67% dos colaboradores não sabem o que seus líderes esperam deles.
Para ter sua própria percepção, basta relembrar quantas vezes você já fez (ou recebeu) esse tipo de alinhamento de expectativa estruturado, com cadência. Não estou falando aqui de bate papo com o chefe, ou conversas quando estamos em situação de problema ou crise.
Procure na sua memória esse alinhamento de expectativas em momentos de planejamento, em dias comuns e realizado com frequência. Aposto que muitos não vão conseguir lembrar da última vez que isso aconteceu!
A teoria está aí. O que faz a diferença é colocá-la em prática.
Aos líderes recomendo boas doses de vulnerabilidade, e manter uma mentalidade de principiante.
Para saber mais como evoluir na Liderança com o programa CFL - Coaching Foco em Liderança, me envie uma mensagem pelo WhatsApp.
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